domingo, 17 de novembro de 2013

Manifesto pelo direito de continuar acreditando no que acredito

Sou jornalista! Mas confesso não ter muito orgulho disso! 
Adoro o que faço e me sinto feliz todos dias ao sair para o trabalho, mas fico profundamente triste ao ler os veículos de comunicação de nosso país. Na realidade, acho que em todo mundo é assim.
Sei que pode parecer uma utopia, mas ingressei no jornalismo porque acreditava que "fazer jornalismo" seria contar fatos de forma a deixar que o "meu leitor" tirasse as suas conclusões e optasse pela verdade que mais se aproximasse da sua própria verdade, mas que lhe fossem apresentados todos os fatos de forma transparente e sem seguir nenhuma tendência; deixaríamos as nossas tendências e defesas para os textos de opinião e assinados, e não nos textos redigidos enquanto repórteres, pois como tais, deveríamos desenvolver uma matéria investigativa em todos os lados, mesmo que essa investigação pudesse arranhar àqueles que defendíamos.
Há muitos anos não vejo isso!
O que vejo todos os dias são matérias tendenciosas, maliciosas, manipuladoras, que enaltecem alguns fatos e simplesmente se esquecem de contar outros, por conveniência, principalmente por mais poder e mais dinheiro. Atenção: vejo isso tanto nas mídias de direita como de esquerda, nem sei se temos direita ou esquerda nesse país.