segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O olho que vê



As aulas de didáticas têm sido cada vez mais interessantes. Para mim, particularmente, é como um processo de autoconhecimento. Na última semana, o mestre Marcos nos trouxe algumas gravuras de artistas famosos e pediu para que escolhessêmos uma e dissessemos qual o conceito que nos viria à mente.
Eu escolhi 'Olho', de Escher, de 1946.

"OLHO, DE ESCHER. Ao contemplar a obra, identifico a possibilidade do auto-conhecimento. Os olhos são a parte do corpo que não conseguimos 'ver'. A não ser refletido em um espelho, e essa é uma ação interessante, porque quando isso acontece, pode ser o encontro com a nossa alma, essência, ou mesmo o nosso real 'modo de ser'. Mas é preciso ficar atento e saber 'olhar no fundo dos próprios olhos', da própria essência. Talvez, o autor da obra tenha conseguido esse feito e, ao olhar o seu próprio olho em um espelho, o que ele viu foi a sua 'real imagem no fundo dos seus próprios olhos'. "

(texto postado no blog - http://filometodista4-2009.blogspot.com)

domingo, 13 de setembro de 2009

Progresso científico??

Na aula de Didática de Filosofia, o nosso mestre, Marcos Eusébio, nos colocou um exercício bastante interessante. Pediu para que traçássemos uma analogia do que pensávamos ser progresso científico com alguns conceitos, como, por exemplo, cor, odor, sentimento, pessoa e fase da vida. Confesso que, a princípio, pareceu-me fácil, mas não foi. Porém, após pensar muito no tema, cheguei à seguinte 'definição':

"O progresso científico é VERMELHO, por ser vivo e, portanto, sempre em movimento, mesmo que esse movimento, muitas vezes, o leve para o ponto de origem. O seu odor é FORTE e entontece aqueles que o segue com PAIXÃO, porque 'embriaga' a cada nova descoberta ou quando decepciona por não atingir às expectativas primeiras. E, por isso, muitas vezes, arrisca voos muito altos, como de uma ÁGUIA, para buscar um novo caminho lá do alto, de longe. É como uma MULHER na MATURIDADE, porque ousa no que quer que seja, e não tem medo de recomeçar sempre que preciso for."

(texto postado no blog - http://filometodista4-2009.blogspot.com)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O sentido do meu "SER"

Há pouco mais de um mês, espero ansiosa por todas às sextas-feiras, às 21h20. É o momento no qual sou apresentada lentamente à filosofia de Heidegger. Estudamos a obra o "Ser e Tempo" e me sinto maravilhada a cada frase e comentário. Sem muito conhecer a fenomenologia, descubro que compartilho dos 'sentimentos' que Heidegger tão bem expressa -- ou revela -- em sua obra.
Desde então, passei a questionar 'qual o sentido do meu SER' e descubro, a cada dia, novos sentidos. É interessante, que a cada descoberta, percebo que não há conceitos ou pré-conceitos e que fatos (ou poderia chamar de fenômenos?), que antes disso eu julgava tão importantes, não fazem o menor 'sentido'.
Descubro que a minha 'angústia', sentida desde que me lembro sentir algo, é um grande privilégio e, portanto, passo a deixá-la florescer. A vida, dessa forma, mesmo parecendo tão pesada, é mais leve. Descubro que os fenômenos acontecem em mim. Um simples ato cotidiano como 'tomar banho' ganha um novo sentido e a minha relação com alguns 'fenômenos' é entendida, aceita e 'divinamente' vivenciada.